Um encontro com a morte

 

_DSC1904

A stupa Boudhanath. Foto: Paula Valenzuela

Sábado, 22 de abril de 2017. Amanheceu chovendo muito em Kathmandu. Mas pelos comentários gerais, aparentemente chover nessa época do ano era algo bem atípico. Fomos tomar café e eu particularmente estava torcendo para que a chuva desse uma trégua. Não me animava muito pensar em passar o dia andando por uma cidade que era só poeira na véspera, sabendo que aquelas ruas cobertas de pó potencialmente virariam um mar de lama sob chuva.

Depois do café, um ônibus veio nos buscar no hotel. O primeiro destino do dia era um templo hindu dedicado à Pashupati, uma das manifestações de Shiva. Assim, encarando o trânsito da cidade, fomos até o Templo de Pashupatinath, o maior da capital.

Continuar lendo

Pelas ruas de Kathmandu

Kathmandu

Uma pracinha no bairro do Thamel… Ao lado esquerdo da foto, uma stupa budista. (Foto: Paula Valenzuela)

Croissants….
Se alguém me perguntasse qual foi o ponto alto das minhas experiências gastronômicas no Nepal, os croissants seriam um bom primeiro palpite.
E ali, naquele meu primeiro café da manhã, procurando entre as diversas opções de pratos expostos qual seria a mais “segura”, me deparei com os benditos croissants. E com algumas frutas, inclusive lichia sem caroço. Lichia sem caroço, aliás, poderia ser um outro bom palpite sobre o ponto alto gastronômico…

Achei que o combo frutas com croissant estava de bom tamanho e seria seguro o suficiente para fugir das opções indianas que haviam do menu. Como não tenho hábito de comer coisas apimentadas, estava com um certo receito de tentar os pratos de cor radioativa que me encaravam de cima do balcão de comidas.

Continuar lendo

Enfim, Kathmandu!

Nepal_blog-7

Vista aéra de Kathmandu durante o dia: a névoa encobre o horizonte. Foto: Paula Valenzuela

No dia seguinte, 20 de abril, às 08:00h segundo o fuso de Dubai, o despertador tocou. Depois de surpreendentemente dormir a noite toda, levantei, tomei um banho rápido, vesti a mesma roupa do dia anterior, me xinguei mentalmente mais uma vez por não ter colocado uma muda de roupa na mochila, e desci para ir tomar café. Continuar lendo

Histórias sobre montanhas

Kangtega

Vista do Kangtega (6.783 m), a partir de Namche Bazaar. Foto: Paula Valenzuela

Me chamo Paula, tenho 31 anos e já morei em muitos lugares. Lima (Peru), Santa Fé (Argentina), João Pessoa (Paraíba), Garanhuns (Pernambuco), Niterói e Rio de Janeiro. Em comum, esses lugares têm o fato de estarem ou no nível do mar, ou estarem em regiões planas. O Rio, verdade seja dita, acaba sendo a exceção, pois embora eu viva numa região plana da cidade, como dizer que o Rio estaria completo sem seu entorno montanhoso? Como imaginar a Cidade Maravilhosa sem um Pão de Açúcar, Corcovado, Pedra da Gávea, ou a vista da silhueta da Serra dos Órgãos ao longe?  Continuar lendo

Do Rio de Janeiro para o outro lado do mundo

Aviao_Emirates

Primeiras horas da madrugada do dia 19 de abril de 2017. Fechei o zíper da mochila de viagem, levantei a haste da mala e me encaminhei até a porta. Repassei mentalmente a lista de coisas que precisava fazer antes de sair de casa (tirar e jogar fora o lixo, fechar todas as janelas, desligar os disjuntores – menos o do circuito da geladeira, claro!) e me certifiquei de que tudo tinha sido feito. Respirei fundo e dei as costas para a porta me preparando para olhar o meu apartamento pela última vez pelos próximos 25 dias… Continuar lendo